Títulos de renda fixa, como LCA, LCI, CRA e CRI, são conhecidos por oferecerem lucros sem a tributação do Imposto de Renda. No entanto, desde que o Conselho Monetário Nacional (CMN) alterou as regras de emissão desses ativos, eles se tornaram mais escassos no mercado.
Por exemplo, as LCA e LCI tiveram uma queda significativa no registro de novas emissões, conforme dados da B3. Entre janeiro e fevereiro deste ano, as LCA caíram 50%, de R$ 44,7 bilhões para R$ 20,7 bilhões. Já as LCI tiveram uma redução de 64% no mesmo período.
Para recapitular as mudanças, a principal alteração feita pelo CMN foi no prazo mínimo de investimento. Anteriormente, a carência das LCA era de 90 dias, passando para 9 meses após a resolução. No caso das LCI, o período aumentou de 90 dias para 12 meses.
Quanto aos CRA e CRI, a modificação na regra visa limitar o tipo de empresa autorizada a emitir esses ativos.
Apesar disso, os investidores que buscam ativos de renda fixa isentos de Imposto de Renda ainda têm opções atraentes, como os títulos “premium” disponíveis no mercado. Esses ativos chamam a atenção por não serem tributados e oferecerem retornos atrativos.
No último ano, houve um aumento de 28% no número de investidores nesse tipo de investimento, pois eles se tornaram mais seletivos com os títulos da carteira devido ao ciclo de queda da Selic.
Portanto, para quem busca retornos substanciais na renda fixa atualmente, pode ser necessário considerar ativos um pouco mais arriscados e abrir mão da liquidez total, além de explorar além dos CDBs tradicionais ou títulos mais conservadores do Tesouro Direto.
Com menos títulos isentos de IR disponíveis, é provável que essa classe de ativos “turbinada” esteja cada vez mais em destaque no mercado.